Energia solar vale a pena em 2025?

Energia Solar em 2025: Investimento Ainda Promissor Apesar dos Desafios

Energia solar vale a pena em 2025?

A energia solar fotovoltaica continua a expandir sua presença no Brasil, beneficiando mais de 4,3 milhões de consumidores e alcançando a marca de 3 milhões de instalações em empresas e residências. Essa tecnologia, que permite a produção da própria eletricidade, oferece a possibilidade de economizar até 90% na conta de luz, um atrativo significativo para os brasileiros.

No entanto, o setor elétrico brasileiro, conhecido por sua complexidade, e as constantes mudanças econômicas, políticas e regulatórias geram dúvidas nos consumidores sobre a viabilidade do investimento em energia solar. A perspectiva de aumento no preço dos equipamentos devido à elevação do imposto de importação é um dos fatores que contribuem para essa incerteza.

Apesar desses desafios, a energia solar se mantém como uma excelente opção de investimento para 2025. O retorno do investimento, mesmo com o aumento dos impostos sobre placas solares, permanece favorável.

Retorno do Investimento: Um Cenário Ainda Atrativo

Considerando um sistema de 4 kWp como parâmetro, a análise prevê um pequeno aumento nos preços dos módulos fotovoltaicos. Nessas condições, o tempo de retorno do investimento aumentaria um pouco, passando de 3 para 3,2 anos.

Apesar desse aumento, é importante ressaltar que os preços dos sistemas de energia solar passaram por uma redução significativa nos últimos dois anos. O tempo de retorno do investimento diminuiu 22,5% entre junho de 2023 e junho de 2024, caindo de 3,4 para 3 anos.

Portanto, mesmo com o aumento do imposto de importação, o retorno do investimento em energia solar em 2025 será mais favorável do que o registrado em 2023, com uma diferença pouco expressiva em relação a 2024.

Conta de Luz: Uma Tendência de Alta Persistente

O cenário de escassez de chuvas em 2024, que resultou na redução dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas e no aumento da operação das termelétricas, impactou diretamente a conta de luz dos brasileiros. A interrupção da sequência de bandeiras tarifárias verdes, iniciada em abril de 2022, e o acionamento das bandeiras amarela, vermelha patamar 1 e patamar 2 em quatro meses de 2024 demonstram a volatilidade do setor.

Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 15, divulgados pelo IBGE, revelam que a tarifa de energia elétrica residencial acumulou aumento de 1,37% em 2024. Esse aumento, embora aparentemente pequeno, é relativo a 2023, ano marcado por revisões tarifárias que elevaram significativamente os valores cobrados pelas distribuidoras.

Para 2025, a perspectiva é de um cenário hidrológico mais favorável. No entanto, as ineficiências do sistema elétrico brasileiro indicam que a conta de luz continuará a subir para o consumidor. Apesar de reduções pontuais, a trajetória de longo prazo é de aumento, com a tarifa média residencial acumulando alta de mais de 100% entre 2014 e 2024, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME).

Os subsídios direcionados ao setor, pagos pelos consumidores por meio das tarifas de energia, são um dos principais motivos para essa tendência de alta. A proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para 2025 prevê um orçamento de R$ 40,6 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um aumento de 9,23% em relação a 2024.

O valor da tarifa de eletricidade é um dos componentes mais importantes para o cálculo do retorno do investimento em energia solar. Quanto maior a tarifa, maior a economia com o uso do sistema fotovoltaico e mais rápido o retorno do investimento.

Valorização do Imóvel e Segurança Energética

Além da economia na conta de luz, a energia solar valoriza o imóvel e oferece maior segurança energética. Pesquisas indicam que a energia solar é um dos itens mais desejados por brasileiros em casas e apartamentos, e que muitos compradores aceitariam pagar mais caro por um imóvel com essa tecnologia.

A instalação de um sistema de geração solar fotovoltaica também pode ser declarada no Imposto de Renda como uma reforma e benfeitoria no imóvel, aumentando o valor declarado da propriedade e reduzindo a base de cálculo do imposto sobre ganho de capital em uma possível venda.

Os apagões, cada vez mais frequentes no Brasil devido aos eventos climáticos extremos e à falta de infraestrutura adequada, reforçam a importância da energia solar como solução para garantir maior autonomia e segurança energética. A combinação de sistemas de armazenamento de baterias com a energia solar oferece um backup para momentos de blecaute, tornando-se uma alternativa competitiva e limpa aos geradores movidos a combustível.

A redução nos preços das baterias, impulsionada por avanços tecnológicos e maior escala de fabricação, torna essa opção cada vez mais acessível para residências e comércios.

Em resumo, a energia solar continua a ser um investimento promissor em 2025, oferecendo benefícios econômicos, valorização do imóvel e maior segurança energética, apesar dos desafios do setor elétrico brasileiro.